Há alguns dias atrás assisti a “Tropa de Elite 2” com meu amor e minha enteada. Adoramos o filme!! Saímos de “alma lavada” do cinema! Conversamos sobre o que vimos, opiniões parecidas e a certeza de que Wagner Moura é talentosíssimo. Mas não era para ser assim...
Não, não era... Adorei o filme, o Coronel Nascimento é meu ídolo do momento, mas isso não está certo... Não, não está...
Tudo o que vimos é a realidade nua e crua de um sistema podre, que está imposto desde, se bobear, da nossa colonização. Adorarmos um filme com tanto sangue, policiais e políticos corruptos, inocentes morrendo e policiais e políticos honestos sendo ameaçados não é motivo para adoração, muito pelo contrário!
É uma vergonha danada vivermos em um país que ainda permite tantas barbáries, que esconde toda a podridão do “sistema” embaixo do tapete, que se aproveita dos menos afortunados (inclusive de cultura) para se promover e promover tanta gente sem escrúpulos! É incrível como nos sentimos bem e, “vingados”, vendo os personagens corruptos morrerem de forma brutal, chegamos a desejar isso!
É triste admitir, mas acho que idolatramos tanto o “Nascimento”, porque nosso desejo por justiça se realiza em mais ou menos uma hora e meia de filme. A gente sai feliz porque, pelo menos no filme, uma pequena parte da corja morreu ou foi presa. Mas não era para ser assim...
E o que faremos depois? E o que fazemos para mudar o universo ao nosso redor?
É de se pensar...
Renata
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