sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Quem extravasa não é tímido!

Bah!! Faz tempo que tenho pensado muito sobre um tipo de comportamento que me incomoda... Talvez não saiba me expressar como gostaria, mas vamos dar o "pontapé" inicial!!

Não consigo entender pessoas que se dizem tímidas, muito tímidas, quando se enontram fora do ambiente de ação, quero dizer do ambiente de trabalho. Pessoas que, na frente dos outros em seu ambiente de ação, fazem e acontecem; ousam, criam, insinuam-se e até nos fazem nos sentirmos intimidados, mas que quando acaba o "show", pronto, falam baixo, olham assustadas e continuam afirmando que são muito tímidas.

Na verdade não sei se é o comportamento que me incomoda ou o adjetivo em si. No meu modo de ver estas pessoas não são tímidas, são sim, quando muito, introvertidas e extravasam onde se sentem confortáveis, onde se sentem "no comando".

Agora que coloquei o pensamento no papel, achei por bem procurar na "web" o significado destes adjetivos. Abaixo o que encontrei na Wikipédia:

"A Timidez ou o Acanhamento pode ser definida como o desconforto e a inibição em situações de interação pessoal que interferem na realização dos objetivos pessoais e profissionais de quem a sofre. Caracteriza-se pela obsessiva preocupação com as atitudes, reações e pensamentos dos outros. A timidez aflora geralmente, mas não exclusivamente, em situações de confronto com a autoridade, interação com algumas pessoas: contato com estranhos e ao falar diante de grupos - e até mesmo em ambiente familiar.

Segundo Jung:
  • Na extroversão, a energia da pessoa flui de maneira natural para o mundo externo de objetos, fatos e pessoas, em que se observa: atenção para a ação, impulsividade (ação antes de pensar), comunicabilidade, sociabilidade e facilidade de expressão oral. Extroversão significa “o fluir da libido de dentro para fora.”. O indivíduo extrovertido vai confiante de encontro ao objeto. Esse aspecto favorece a sua adaptação às condições externas, normalmente de forma mas fácil do que para o indivíduo introvertido.
  • Na introversão, o indivíduo direciona a atenção para o seu mundo interno de impressões, emoções e pensamentos. Assim, observa-se uma ação voltada do exterior para o interior, hesitabilidade, o pensar antes de agir; postura reservada, retraimento social, retenção das emoções, discrição e facilidade de expressão no campo da escrita. O introvertido ocupa-se dos seus processos internos suscitados pelos fatos externos. Dessa forma o tipo introvertido diferencia-se do extrovertido por sua orientação por fatores subjetivos e não pelo aspecto objetivamente dado."

Isto posto, entendo que tímidos e introvertidos não gostam mesmo de se expor. Sendo assim, os que se dizem tímidos e extravasam a valer no ambiente de ação, podem ser tudo, menos tímidos! Acho melhor mudarem o discurso, para mim não cola mais!!!

Em tempo! Você deve estar se perguntando o porquê de eu estar escrevendo sobre isso, não é? Hehehe!!! Lembrei de uma pessoa em especial, faz parte do passado. Não que não tenha conhecido ou, eventualmente, não conheça outras, mas o que me levou a escrever foi o pensamento nesta. Na época me incomodou muito, me fez sentir mal até. Hoje não mais, me aceito como sou, assim como a aceito também, apesar de não convivermos mais, mas que ela não é tímida, ahhhh não é não!!!

Bom findi pra todo mundo!!

Para Estela e Regina

Meninas!! Obrigada pelos comentários!!

Concordo que "A Cabana" é um livro para se ler com a mente aberta, sem preceitos, preconceitos e/ou ideias preconcebidas. É preciso nos permitirmos acreditar que tudo, tudo mesmo, é possível. É meio surreal, mas imaginarmos a possibilidade de tudo aquilo acontecer é mágico!! Me deu até vontade de encontrar uma cabana dessas!!! Talvez até já tenha encontrado e não tenha enxergado com os olhos que li o livro.. Quem saberá??

Grande beijo para vocês!

sábado, 6 de novembro de 2010

Aceitação

O início da transformação (texto de Ana Cristina Pereira )


A primeira impressão que temos quando ouvimos ou pensamos em aceitar, seja uma pessoa, um fato ou uma circunstância é de que estaremos nos submetendo ou nos subjugando, desistindo de lutar, sendo fracos.

De verdade, se quisermos modificar qualquer aspecto da nossa vida e de nós mesmos, devemos começar aceitando.

A aceitação é detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.

É difícil aceitar uma perda material ou afetiva; uma dificuldade financeira; uma doença; uma humilhação; uma traição.

Mas a aceitação é um ato de força interior, sabedoria e humildade, pois existem inúmeras situações que não estão sob o nosso controle.

As pessoas são como são, dificilmente mudam.

Não podemos contar com isso. A única pessoa que podemos mudar, somos nós mesmos, e aceitar, faz parte deste importante processo de mudança, de transformação.

Ser resistente, brigar, revoltar-se, negar, deprimir, desesperar, indignar-se, culpar, culpar-se são reações emocionais carregadas de raiva. Raiva do outro, raiva de si mesmo, raiva da vida. E a raiva destrói, desagrega.

A aceitação é uma força que desconhecemos porque somos condicionados a lutar, a esbravejar, a brigar.

Aceitar não é desistir, nem tão pouco resignar-se. Aceitar é estar lúcido do momento presente, e se assim a vida se apresenta, assim deve ser.

Tudo está coordenado pela Lei da ação e reação.

No instante em que aceitamos, desmaterializamos situações que foram criadas por nós, soluções surgem naturalmente através da intuição ou fatos trazem as respostas e as saídas para o problema.

Tudo é movimento. Nada é permanente.

A nossa tendência “natural” é resistir, não aceitar, combater tudo o que nos contraria e o que nos gera sofrimento. Dessa forma prolongamos a situação. Resistir só nos mantém presos dentro da situação desconfortável, muitas vezes perpetuando e tornando tudo mais complicado e pesado.

Quando não aceitamos nos tornamos amargos, revoltados, frustrados, insatisfeitos, cheios de rancor e tristeza, e esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades, nunca trazem solução.

Aceitar é expandir a consciência e encontrar respostas, soluções, alívio. Aceitar é o que nos leva à Fé.

É fundamental entender que aceitar não significa desistir. Aceitar é seguir adiante com otimismo. É ter propósitos a serem atingidos. É nossa atitude saudável diante da vida.

Aceitar se refere ao momento presente, ao agora.

No instante que você aceita, você se entrega ao que a vida quer-lhe oferecer. Novas idéias surgem para prosseguir na direção desejada, saindo do sofrimento.


Adorei este texto!