quarta-feira, 28 de abril de 2010

Condomínio - Parte 2

Pois então, passamos a viver para o condomínio. E apesar de termos sido orientados a não nos tornarmos “empregados” dos condôminos, não teve jeito... Algumas vezes por profundo respeito e carinho, outras vezes por gentileza e outras para evitar incomodações maiores, acabamos por atender a todos qualquer hora que fosse – qualquer hora mesmo! Isso significa telefonemas às 2, 4, 5 da manhã (indiferentemente do dia da semana e inclusive aos finais de semana), qualquer hora da tarde (inclusive horário de almoço) e qualquer hora da noite (e existe problema em ligar para reclamar do vizinho à meia noite???). Campainha tocando nos mesmos horários dos telefonemas, importante lembrar que nem todos curtem apertar a campainha, preferem bater na porta mesmo! Ainda assim, atendíamos a todas as pessoas, procurando agir com educação e respeito, não significando ser verdadeira a recíproca!

Foram 6 meses assim. Assembleias calmas, outras extremamente truculentas. Nas que se tratava de valores então... quanta bagunça! Infelizmente nossa intenção de proporcionar mais segurança, conforto, imagem (de TV) melhor, respeito ao regimento interno e à convenção do condomínio (significando advertir quem ouvisse som em alto volume, não recolhesse as fezes de seu cachorrinho, deixasse lixo nos corredores e afins) não foi bem compreendida por todos. Todos que eu me refiro são os 400 (!!!) apartamentos que integravam e, graças a Deus, ainda integram o condomínio. Administrar muitas mentes pensantes foi complicadíssimo, dificílimo contentar a todos. Sem contar que existe a ala dos reclamões de plantão, a ala dos que apóiam sempre as melhorias, e a imensa ala dos que não opinam, nem a favor, nem contra – esses não aparecem, mas fazem muita falta na hora de decidir algo. Como sempre prezei pelo respeito – respeito toda essa ala, no fundo às vezes acho que eles é que estão certos. Vivem a sua vida, os outros são os outros. Se tivéssemos pensado assim no início, não teríamos sido alvo constante de quem não ousava sequer tentar entender nossos propósitos. Mas terminamos 2009 ainda no comando, antes do Natal saímos de férias – mais que merecidas – fomos visitar meus pais em Santo André (SP). No próximo post encerrarei o ano de 2009 e começarei o de 2010.

Beijos a todos,

Renata

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